REPÓRTER: O ex-senador Gim Argello, do PTB do
Distrito Federal foi preso preventivamente, na manhã desta terça-feira, em
Brasília, durante 28º fase da Operação Lava Jato. De acordo com o Ministério
Público Federal do Paraná, a prisão do ex-senador foi autorizada após serem
coletadas provas de que ele recebeu propina, no valor de cinco milhões de
reais, da empreiteira UTC engenharia, em troca de articulações e favores
políticos em comissões parlamentares de inquérito que investigavam a Petrobras.
O presidente da empresa, Ricardo Pessoa, contou, em delação premiada, à força
tarefa da Lava-Jato o pagamento de propina a Gim Argello.
Segundo as
investigações, o ex-senador teria orientado o presidente da UTC a entregar o
dinheiro através de doações eleitorais aos diretórios nacionais de quatro
partidos, DEM que teria recebido um milhão e 700 mil reais, PR um milhão de
reais, e um milhão e 150 mil reais ao PMN e ao PRTB. Em 2014, as siglas
integravam uma coligação com o PTB, partido pelo qual o ex-senador tentava a
reeleição.
O ex-senador do
PTB, também já havia sido citado em outras delações, como a do senador Delcídio
do Amaral, atualmente sem partido. No depoimento, Delcídio disse que, ao lado
de outros três políticos, Gim Argello cobrou propina de empreiteiros para que,
em troca, eles não fossem convocados para prestar depoimento na CPI da
Petrobras no Senado e na CPI Mista da Petrobras, ambas em 2014.
Além da prisão
preventiva de Gim Argello, a 28º fase da Lava Jato, cumpre 21 mandados
judiciais em Brasília, Rio de Janeiro, Taguatinga no Distrito Federal e São
Paulo. Ao todo, são dois mandados de prisão temporária e quatro de condução
coercitiva – quando o investigado é levado para depor e depois liberado – além
de 14 ordens judiciais de busca e apreensão.
Reportagem, João
Paulo Machado.
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