quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

PARÁ: Justiça combate violência sexual

REPÓRTER: A estudante Maria Alice, hoje com 20 anos de idade, faz parte de um grande número de mulheres que sofreram violência sexual cometido, quase sempre, por parentes. Maria Alice ficou grávida aos 14 anos de idade após ser abusada sexualmente pelo próprio tio.

 Estudante Maria Alice: “Eu tinha 11 anos, quando eu fiz 12 anos, descobri que estava grávida de um tio de sangue. Minha mãe saia para trabalhar, meu pai trabalhava também, meus irmãos saiam para escola de tarde e os outros trabalhavam também. Então só ficava eu mesma”.
    
REPÓRTER: De acordo com a Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém, a maioria dos casos de abuso sexual não ocorre uma única vez, mas persiste e acontece de forma sistemática ao longo dos anos. Por essa razão, se faz necessário, sempre que existir uma suspeita de abuso sexual, fazer uma investigação, como explica a juíza Mônica Maciel.
   
Juíza Mônica Maciel: “O quanto antes de identificar esses sinais da violência, melhor para reverter o quadro, mas qualquer dificuldade procurar diretamente as autoridades e levar ao conhecimento pra verificar, é claro que nem toda mudança comportamental significa necessariamente que está sendo vitima de violência dentro de casa ou em alguma oura situação, mas a investigação é necessária que seja feita esse investigação.”
  
REPÓRTER: Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a cada hora quase três denúncias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes foram registradas no País ao longo de 2014. O registro foi feito pelo Disque 100, serviço gratuito de denúncia por telefone do governo federal. Boa parte dos abusos sexuais contra crianças e adolescentes ocorre dentro do ambiente familiar, ressalta a juíza Mônica Maciel.
 
Juíza Mônica Maciel:  “Nós observamos que a maioria dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorre no ambiente intra familiar, tendo como autores as pessoas que são de confiança dessa criança, desse adolescente e que tem o dever, tem a obrigação de estar protegendo, mas que acaba colocando essa criança, esse adolescente em situação de risco.”
  
REPÓRTER: Em 2014, o Disque 100 registrou uma queda na quantidade de denúncias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em relação ao ano anterior. A redução foi de 28% nas queixas de abuso e de 25% nas de exploração. Qualquer pessoa pode denunciar crimes contra crianças e adolescentes por meio do Disque 100, que é um serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco na violência sexual.
  

Reportagem, Storni Jr.

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