sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

SAÚDE: 40,9% de imóveis já foram vistoriados em mobilização nacional contra Aedes Aegypt, segundo ministério da Saúde

REPÓRTER: No combate ao mosquito Aedes Aegypt, quase 41 por cento dos imóveis brasileiros já foram vistoriados por agentes comunitários de Saúde e militares das Forças Armadas. O número equivale a quase 27 milhões e meio de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais. Além da dengue, foi descoberto que o mosquito transmite também a chicungunya, e o zika, que, segundo o ministério da Saúde, está relacionado a mais de três mil e noventos casos suspeitos de microcefalia. Desde então, o ministério tem mobilizado profissionais para eliminar todos os criadouros do mosquito. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, afirma que a melhor alternativa, no momento, é eliminar todos os recipientes que possam juntar água parada.

Antônio Nardi - secretário de Vigilância em Saúde

“Se hoje nós não temos vacina, se hoje nós não temos algo de concreto e efetivo diferente de tudo o que tem sido feito até hoje no controle e no combate ao vetor, o mosquito Aedes aegypti, o mais efetivo neste momento é a eliminação de todo e qualquer recipiente que possa juntar água parada e proliferar o mosquito Aedes aegypti.”

REPÓRTER: Em relação ao balanço feito no último dia 12, houve um aumento de 15 por cento, no número de imóveis visitados pelos profissionais da saúde e Forças Armadas. A região que teve o maior número de casas vistoriadas foi a Nordeste. No estado da Paraíba restam menos de 10 por cento dos imóveis. No Piauí, quase 81 e meio por cento foi alcançado pela mobilização. E Sergipe teve 75 e meio por cento de estabelecimentos vistoriados. Durante as visitas, foram encontrados mais de novecentos e oitenta mil imóveis com focos do mosquito. O número representa três vírgula 77 por cento do total. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, explica que somente com a ajuda de todos é possível eliminar todos os focos e criadouros do mosquito.

“É imprescindível que essa força conjunta, governo e sociedade, unidos, para eliminar os focos do mosquito. E não é muito! Basta que cada família dedique 15 minutos, uma vez por semana para destruir todos os criadouros de mosquito. E é essencial que todos estejam envolvidos nesta ação porque se 99 fizerem e um não fizer, aquele que não fez pode estragar o serviço de todos que fizeram.”

REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, a melhor forma de combater o Aedes Aegypt é não deixar o mosquito nascer. Desde dezembro, mais de 300 mil agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e militares têm reforçado o enfrentamento de casa em casa. Além disso, desde o dia primeiro de fevereiro, o governo autorizou a entrada forçada de agentes públicos, em locais que estejam abandonados.
  

Reportagem, Sara Rodrigues

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