quarta-feira, 7 de março de 2018

A hora da verdade: Denúncias contra prefeito e vice-prefeito testarão autonomia dos vereadores de Muaná

Conforme foi revelado em primeira mão na matéria Biri Magalhães pode ser processado por irregularidades e desvio de recursos da prefeitura de Muaná, a sessão na Câmara de Vereadores na manhã desta quarta-feira (07), comprovou o momento delicado, mas também inédito, onde os vereadores podem provar para que foram eleitos e analisarem os graves fatos que ocorrem no município desde que o vice-prefeito decidiu assumir o lugar do prefeito.

Nesta quinta-feira (08), serão realizadas duas sessões da Câmara de Vereadores, as quais acontecerão dentro da Delegacia de Polícia. Em local inusitado, nessas sessões, os vereadores discutirão duas denúncias: Uma contra o vice-prefeito Biri Magalhães, por irregularidades cometidas enquanto esteve como prefeito por dois (02) meses e cometeu diversas irregularidades na compra de combustível para a prefeitura de Muaná e outra contra Murilo Guimarães, o qual é acusado de não concluir uma obra que teve recursos do FNDE e não foi concluída.

DENÚNCIA CONTRA BIRI MAGALHÃES

Segundo um advogado consultado pelo blog, Biri Magalhães usou sua condição de prefeito e burlou a Lei de Licitações para assegurar um acordo político e financeiro com o ex-prefeito Serrote, em troca do apoio dos votos dos vereadores do MDB (antigo PMDB), com o objetivo de afastar o prefeito Murilo Guimarães. 

A denúncia é muito grave e foi protocolada hoje na Câmara dos Vereadores, já com algumas provas que podem trazer sérias complicações ao vice-prefeito Biri Magalhães, que pode perder seu mandato definitivamente.  

Segundo a denúncia que será apreciada pelo vereadores, Biri Magalhães realizou uma dispensa de licitação para a compra de combustível no valor de R$ 876.025,70 para apenas 70 dias, ou seja, para o período de 19 de janeiro até 31 de março de 2018. Este contrato irregular beneficia diretamente a empresa ELY A. Silva da Costa Eireli EPP, CNPJ: 13.802.233/0001-50, de propriedade da Sra. Ely Antônia Silva da Costa (esposa do senhor Roger Cunha, filho do ex-prefeito Serrote) e irmã da Sra. Elenice da Costa Ferreira, que estava como Coordenadora do Fundo Municipal de Saúde de Muaná. 

A proprietária do posto é funcionária efetiva da Prefeitura de Muaná, portanto não poderia de maneira nenhuma estar comercializando qualquer tipo de produto ou ter contrato com a prefeitura, conforme a legislação proibi expressamente.

Alguns podem achar que foi um esquema bem montado, que movimentou quase um milhão de reais, para apenas 70 dias. Mas o contrato está cheio de irregularidades e vícios que torna o vice-prefeito Biri Magalhães muito próximo de perder o mandato e responder a processo de improbidade administrativa, que pode terminar em prisão e torná-lo inelegível para disputar qualquer outro cargo eletivo.

Vamos ver qual será a atuação dos vereadores da Câmara de Muaná nesse caso.

DENÚNCIA CONTRA MURILO GUIMARÃES

Além da denúncia contra Biri Magalhães, outra ação contra o prefeito Murilo Guimarães também deve ser avaliada amanhã pelos vereadores. Trata-se da acusação de que o prefeito Murilo Guimarães seria supostamente responsável por uma obra de construção de uma creche na vila do Pracuúba. Segundo a denúncia, a obra seria construída com recebido dinheiro do FNDE. 

Segundo apurado por este blog, o dinheiro desta obra (aproximadamente R$ 360 mil reais) foi sacado pelo ex-prefeito "Serrote", o suficiente para ter deixado a obra construída pela metade, ou seja 50% do total da obra, mas o ex-prefeito só construiu 3%, conforme disse o vice-prefeito Biri Magalhães, quando este ainda era vereador e presidente da Câmara Municipal, em um evento na vila do Pracuúba, no ano de 2015.

Assista o vídeo que circula pelas redes sociais, onde Biri Magalhães aparece elogiando o prefeito Murilo Guimarães e responsabilizando o ex-prefeito "Serrote" pela falta de construção da Creche do Pracuúba: 

Agora, diante de uma grave denúncia contra si, Biri mobiliza os vereadores que tem sob o seu controle político para jogar o problema nas costas do prefeito Murilo Guimarães, o qual tenta afastar pela segunda vez do cargo, com o objetivo incansável de assumir o seu lugar. 

Para um especialista neste assunto, a responsabilidade desse dinheiro do FNDE é totalmente do ex-prefeito Serrote e Biri tenta jogar uma cortina de fumaça para as irregularidades que cometeu em apenas dois (02) meses em que ficou como prefeito de Muaná.

Os vereadores terão a oportunidade de mostrar para os seus eleitores que foram eleitos para fiscalizar o prefeito e o vice-prefeito, apurando todos os fatos e denúncias de forma isenta e em conformidade com as leis vigentes em nosso país e não por dinheiro ou conveniência política, como vem sendo comentado pelos quatros cantos de Muaná.

Fonte: Blog Muaná do Marajó Leia mais!

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