Um navio de grande porte rompeu cabos de energia e deixa, desde ontem (6) à noite, um número não calculados de moradores da zona rural de Limoeiro do Ajuru, perto de Curralinho, sem energia elétrica. A informação foi confirmada pela Prefeitura ao Notícia Marajó.
De acordo com o chefe de gabinete, Manoel Pantoja, a embarcação pode ter rompido até três cabos que fazem a travessia do Rio Cupijó, na área ribeirinha distante da sede do Município e mais próximo a Curralinho, no Marajó. Pela distância, ainda não é possível saber quantas famílias estão desabastecidas.
Outro agravante é que, segundo Pantoja, a linha é clandestina e a Equatorial, concessionária distribuidora de energia elétrica no Pará, não tem responsabilidade com a manutenção. O chefe de gabinete explicou que a linha elétrica foi construída pelos próprios moradores, que agora não conseguem arcar com a manutenção.
A Equatorial informou que tomou conhecimento da falta de energia pela imprensa e disse que “não há rede de distribuição que pertence a Equatorial Energia Pará que atende às comunidades ribeirinhas no local informado”.
Navio National Geographic
A página Canal 1 Limoeiro, que se dedica a informações da cidade no Facebook, informa que a embarcação que teria destruído a rede elétrica seria a National Geographic Explorer. Fotos feitas por ribeirinhos mostram o navio passando pelo Rio Cupijó ontem.
Segundo o site do Governo Federal, o navio pertence à empresa Lindblad Expeditions, possui bandeira das Bahamas e tem capacidade para 148 passageiros. Ele teria arrebentado a fiação e seguido adiante, sem dar assistência aos ribeirinhos.
A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa do NatGeo para confirmar a localização do navio.
Na página oficial, a embarcação é descrita como “nosso carro-chefe, o National Geographic Explorer, viaja de polo a polo a cada ano, passando os invernos na Antártida e os verões no Ártico. À medida que viaja ao longo do Atlântico, o navio explora o Mar Báltico, a Noruega, a Passagem do Noroeste, os Marítimos Canadenses e a costa selvagem da América do Sul”.
Registros da internet mostram que no final de setembro o navio estava no porto de Demerara, na Guiana.
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