ABERTURA: Boletim do Ministério da Saúde. Parceria Rede Nacional de Rádio e Ministério da Saúde.
LOC EDMAR: Olá para você que nos ouve toda semana. E um olá ainda mais especial para você que nos acompanha pela primeira vez! Estamos aqui para compartilhar as ações que o Ministério da Saúde desenvolve para toda a população. Eu sou Edmar Soares e a partir de agora você fica sabendo quais são os destaques desta semana. É com você, Débora Rocha!
LOC DÉBORA: Edmar, nesta semana o Boletim da Saúde vai falar sobre um tema muito especial. A Pesquisa Vigitel. Trata-se de um levantamento feito pelo Ministério da Saúde para a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. O nome é um pouco complexo. Mas o mais importante são os resultados diagnosticados pelo Vigitel. Por isso, nós vamos chamar a repórter Érika Braz que vai conversar conosco sobre os dados relacionados a obesidade entre os brasileiros. Conta pra gente, Érika.
REPÓRTER ÉRIKA: Débora, o Brasil viveu, na última década, uma transição de desnutrição para obesidade. A Pesquisa Vigitel mostrou um aumento de 60% nos casos de obesidade nesse período. Isso contribuiu para o crescimento da incidência do diabetes e para o aumento nos diagnósticos de hipertensão. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, comentou sobre os motivos que levaram a população à obesidade.
SONORA: Ricardo Barros, ministro da Saúde.
“Em todos os países há crescimento de obesidade e de sobrepeso. Se deve, necessariamente, à alimentação, por conta de alimentos processados, das pessoas se alimentam fora de casa, de mudança de hábitos mesmo da população e sedentarismo. Porque as pessoas hoje, inclusive crianças, ficam muito à frente do computador, do smartphone, e não se movimentam. Não consomem a energia que adquirem nos alimentos. Então este saldo é o que provoca a obesidade”.
REPÓRTER ÉRIKA: O Ministério da Saúde busca conter o número de casos de doenças crônicas não transmissíveis por meio de programas e políticas públicas que incentivam hábitos saudáveis. Um exemplo é a retirada de 14 mil toneladas de sódio dos alimentos industrializados em quatro anos. Além de investimentos que garantem o funcionamento de 4 mil polos do Academias da Saúde. Ricardo Barros destaca que o governo federal tem conseguido bons resultados com essas e outras medidas.
SONORA: Ricardo Barros, ministro da Saúde.
“Teve um crescimento acentuado da identificação e diagnóstico de doentes crônicos, da entrega de medicação a estes doentes, mas houve um decréscimo, 2,6% ao ano, nas mortes por doenças crônicas. Então demostra que a política de saúde, como um todo, está funcionando. Nós temos identificado mais doentes, tratado estes doentes, mas o número de mortes, ao final, tem sido menor. Então representa o objetivo alcançado pela política de saúde”.
REPÓRTER ÉRIKA: Entre os dados positivos da pesquisa, estão o aumento no consumo regular de frutas e hortaliças, a queda no consumo de bebidas artificiais e o crescimento da prática de atividade física.
LOC EDMAR: Obrigado, Érika, pelas informações. E agora nós vamos chamar o repórter Luiz Philipe Leite, que traz detalhes sobre uma outra vertente da Pesquisa Vigitel: a hipertensão. É isso mesmo, Luiz?
REPÓRTER LP: É sim, Edmar! O número de pessoas que convivem com a hipertensão no Brasil cresceu mais de 14% na última década. A prevalência da doença passou de 22 para quase 26% da população pesquisada. O aposentado Ermelindo Nascimento, por exemplo, é hipertenso. Ele descobriu a doença em um check-up, porque não sentia nenhum sintoma. Para ele, apesar de nunca ter abusado demais, a má alimentação e o consumo de bebida alcóolica podem ter contribuído para o atual quadro de saúde.
SONORA: Ermelindo Nascimento, aposentado.
“A época toda eu trabalhei em cozinha. Então, tinha muita facilidade com frituras, alimentação rica em gordura e carboidratos. Acredito que isso pode ter influenciado”.
REPÓRTER LP: A hipertensão arterial compromete órgãos importantes, como os rins e o coração. A doença pode também provocar um derrame cerebral. Por este e outros motivos, o Ermelindo adotou cuidados importantes com a saúde. Além da aferição diária da pressão, ele tem se exercitado e preferido alimentos saudáveis.
SONORA: Ermelindo Nascimento, aposentado.
“Eu faço exercício quase todos os dias. Eu faço caminhada e às vezes faço exercício nos aparelhos do governo, na rua. E aqui em casa é só eu e minha esposa, só. E então no dia-a-dia nossa alimentação é bastante saudável, muita verdura e muitas frutas. A pressão ela corresponde a uma boa alimentação”.
REPÓRTER LP: Segundo a Pesquisa Vigitel, a maior parte dos casos de hipertensão arterial está sendo identificada em mulheres. Para tratar essas pessoas, mais de 76% das Unidades Básicas de Saúde em todo o país disponibilizam anti-hipertensivos e outros medicamentos que ajudam a controlar a pressão alta.
LOC DÉBORA: Luiz, muito obrigada pelas informações. A Pesquisa Vigitel foi realizada com mais de 53 mil pessoas que vivem nas capitais. O inquérito revelou também que está estável a mistura de álcool e direção. O consumo abusivo de bebidas alcoólicas subiu de 15,7% para 19% na última década.
LOC EDMAR: E chegou a hora de a gente ir embora. Obrigado a você que nos acompanhou em mais esta edição do Boletim da Saúde. Lembrando que para continuar acompanhando essas e outras notícias do Ministério da Saúde basta acessar o portal saúde.gov.br e as nossas redes sociais: facebook.com/minsaude e pelo twitter, @minsaude. Até o próximo programa, Débora!
LOC DÉBORA: Até lá, Edmar! Ótima semana para você e para todos os ouvintes que acompanham as ações do Ministério da Saúde em todo Brasil.
ENCERRAMENTO: Boletim do Ministério da Saúde. Coordenação: Jacy Diello. Apresentação Edmar Soares e Débora Rocha. Reportagem Luiz Philipe Leite, Janary Damacena e Érika Braz. Trabalhos técnicos de Fabrício Lázaro e Ricardo Xavier.
Com informações da Agencia do Rádio
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