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Foto: Afinéias Marinho (Blog Marajó News) |
A Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) investiga denúncias contra o chefe do cartório eleitoral do município de São Sebastião da Boa Vista, no arquipélago do Marajó, em que ele é acusado de assédio moral, sexual e de pedofilia.
A presidência do tribunal determinou a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Carlos Eduardo Araújo da Costa, que atua na 48° ZE, em São Sebastião.
A principal acusação contra o chefe do cartório eleitoral, é de seduzido uma garota de apenas 12 anos, em 2015, época em que foi hóspede da família que acolheu a menina, que é órfã de pai e mãe.
A família que abrigou a garota, denunciou ao conselho tutelar à época, que Carlos Eduardo se aproveitava da garota durante as madrugadas, enquanto as pessoas da casa dormiam.
Para atrair a menina, ele doava aparelhos eletrônicos de presente, como celular, tablet e a promessa de casar com ela.
Além disso, o chefe do cartório foi bem mais longe, ao levar a garota para a sede da justiça eleitoral no município e dormir com ela no local, situação comprovada em fotos, que a própria menina postou em suas sociais, inclusive, se expondo de roupa íntima, fato comentado por toda cidade e que foi incluída nas denúncias ao TRE-PA.
Na semana passada, os membros da corregedoria do TRE-PA foram até São Sebastião para ouyvir as testemunhas do processo contra Carlos Alberto, que nega o envolvimento com a menina, mesmo que ela agora com 16 anos, ainda esteja morando na mesma casa que ele alugou, quando foi expulso pela família que o abrigou, quando chegou para trabalhar em São Sebastião, segundo consta nas acusações à corregedoria.
Apesar da gravidade dos fatos, a promotoria de justiça do município, à época, arquivou a denúncia apresentada pelo Conselho Tutelar, sem ouvir os depoimentos da vítima e dos familiares da menina.
Segundo consta no processo, a garota foi criada por avó, que permitiu que ela morasse com uma família amiga na sede do município para estudar.
Porém, após o envolvimento com Carlos Eduardo, a avó não aceitou a situação e também procurou o conselho tutelar para tentar livrar a menina dele.
Com a rejeição da família da menina, Carlos Eduardo, segundo contam os familiares, passou a perseguir duas delas que prestavam serviço ao cartório eleitoral. Uma delas foi demitida por ele, após 15 anos servindo à justiça eleitoral. A outra, continua atuando como terceirizada de serviços gerais, mas sendo assediada moralmente e ameaçada de também ser demitida se abrir a boca para denunciá-lo.
Perseguição e assédio moral contra servidores que denunciaram o chefe do cartório
Como as denúncias foram feitas à Corregedoria em 2018, os servidores da prefeitura municipal, que atuavam cedidos para a 48° ZE e que fizeram denúncias contra o chefe do cartório, também foram perseguidos e devolvidos para o município, sob ameaças.
Moradores que residem próximo ao cartório confirmam ter visto a menina à noite no prédio da justiça eleitoral com Carlos Eduardo.
A Corregedoria do TRE-PA ouviu os servidores sobre as acusações e também Carlos Eduardo. Até maio o tribunal concluirá o procedimento investigativo e fartá o relatório sobre o caso. Se for considerado culpado pelos assédios e pelo uso do cartório eleitoral para encontros com uma garota menor de idade, o chefe do cartório poderá perder o cargo público.
Os funcionários do cartório afirmam, que as idas da adolescente ao local viraram comentário nas rodas de conversa na cidade e até ele permanece impune
Abaixo, a íntegra da nota enviada pela direção do TRE-PA à redação do Portal Roma News:
"De posse das informações, a presidência instaurou processo administrativo disciplinar, que está sendo conduzido por comissão especificamente designada para essa investigação, que já esteve em São Sebastião da Boa Vista duas vezes para oitiva do acusado e de testemunhas."
Por
Roma News