A Abertura da Pesca do Mapará, realizada anualmente em Limoeiro do Ajuru, região do Baixo Tocantins, agora é Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará. O projeto de lei, de autoria do deputado estadual Carlos Bordalo (PT), foi sancionado pelo governador Helder Barbalho, no último dia 8 de abril, e publicado nesta terça-feira, dia 9, no Diário Oficial do Estado. O Projeto de Lei (PL) Nº 26/2017 foi aprovado pela Alepa no dia 2 de março.
A festividade une preservação ambiental e cultura, atraindo centenas de visitantes ao município, no início do mês de março. Para o parlamentar, a Abertura da Pesca do Mapará representa os laços de solidariedade das comunidades amazônicas.
“A abertura da pesca do mapará expressa valores extremamente positivos a serem cultivados. É o valor da coletividade em detrimento do individualismo, da preocupação coletiva pela preservação do patrimônio de todos”, declarou Bordalo, acrescentando que a lei reconhece a relevância do evento como um movimento cultural, sustentável e gerador de renda para a população local.
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os bens culturais de natureza imaterial se referem a práticas e domínios da vida social que se expressam em saberes, ofícios e modos de fazer transmitidos de geração em geração, podendo ser recriados em função do ambiente, da interação com a natureza e com sua história, tecendo um sentimento de identidade e continuidade de práticas culturais coletivas.
Sustentabilidade
Para combater a pesca predatória do mapará, os pescadores criaram regras chamadas de “Acordos de Pesca”, organizadas pelas comunidades com o auxílio de órgãos públicos e organizações não governamentais. O objetivo é garantir o controle e a manutenção das atividades pesqueiras, com todos os envolvidos comprometidos em utilizar a pesca de forma sustentável, garantindo o período de defeso de quatro meses, de novembro a fevereiro, para a reprodução dos cardumes.
Após esse período, o município realiza a Abertura da Pesca do Mapará, iniciando as atividades da pesca autorizada. Toneladas de peixe são capturadas neste dia, sendo parte destinada aos pescadores e o restante ao mercado municipal.
Além da pesca, a programação reúne atrações culturais, atraindo centenas de pessoas, entre pescadores, moradores e visitantes. A pesca na região do baixo Tocantins gera renda e garante segurança alimentar às comunidades ribeirinhas. Por sua importância, a atividade está intrinsecamente ligada à cultura popular daquela região. A atitude responsável das pessoas é a garantia de que a reprodução das espécies seja feita com sustentabilidade.
Fonte: Leia mais no Blog do do deputado Bordalo
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