sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Graciete Maués é a primeira mulher a assumir a FPF

Presidente da Tuna Luso é a primeira mulher a assumir o cargo da Federação Paraense de Futebol. Eleições seguem suspensas, sob suspeitas de irregularidades. 

Graciete faz história na Tuna e agora na FPF. | Foto: Luis Carlos/Ascom Tuna

Mesmo com menos de uma semana para o início do Campeonato Paraense, a eleição da Federação Paraense de Futebol (FPF) segue suspensa e sem data para ser realizada. Por conta disso, conforme sendo respeitado o estatuto da entidade, Graciete Maués, presidente da Tuna Luso Brasileira, assume o comando interinamente. A mandatária é a primeira mulher da história a assumir a FPF. Ela fica encarregada do cargo devido a Águia do Souza ser o clube mais antigo em atividade no Pará. A cartola ficará responsável de convocar uma assembleia geral nos próximos dias para que um novo presidente seja eleito.

Ao todo, três chapas disputam o comando: Adelcio Torres, atual mandatário; Paulo Romano, um dos atuais vices; E a de Ricardo Gluck Paul, ex-presidente do Paysandu. Bastidores dizem que a disputa está entre Adelcio e Gluck Paul. Confira o que diz os artigos do estatuto:

rt 22 – Assembleia Geral reunir-se-á extraordinariamente, sempre que ocorrer, por qualquer motivo, a vacância dos cargos de Presidente e os dois Vice-Presidentes.

§ 2º - na hipótese acima, assumirá, provisoriamente a Presidência da FPF, o Presidente do clube mais antigo em atividade, pela data de sua Fundação, cumprindo-lhe responder pelo expediente da Entidade e convocar a Assembleia Geral no prazo de oito dias, para imediata recomposição do respectivo Poder, sendo que os eleitos exercerão o mandato pelo tempo restante do período destinado aos seus antecessores.

Entenda o Caso:

Quando Adelcio Torres assumiu a Federação Paraense de Futebol (FPF), após o Coronel Nunes ir para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ele foi reeleito em 2017. Diante disso, a Liga Marapaniense de Desporto resolveu entrar com a impugnação da chapa do atual presidente, alegando que ele não pode se candidatar novamente, por causa que seria a segunda recondução, o que não é permitido pelo estatuto. Decisão tomada:

No documento em que a decisão de suspender as eleições da Federação Paraense de Futebol é confirmada, a desembargadora Eva do Amaral explica os motivos:

1°) uma violação do art. 22, incisos III e VI, da Lei Federal nº. 9.615/1998 (Lei Pelé), pois o atual presidente da FPF e candidato à reeleição, Adélcio Torres, foi quem convocou as eleições, o que deveria ter sido feito pela comissão eleitoral previamente constituída.

2°) Além disso, Adélcio publicou o edital de convocação para a eleição no dia 13/12/2021, e, logo em seguida, inscreveu a sua chapa, utilizando-se, supostamente, de informações privilegiadas para tentar ludibriar os candidatos concorrentes, violando o princípio da isonomia. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário