O argentino Diego Dzodan, executivo do Facebook que passou cerca de 24 horas em uma prisão de São Paulo nesta semana disse que foi tratado com respeito pelas autoridades, e garantiu que o incidente não vai afetar os planos de expansão da empresa no Brasil.
O vice-presidente do Facebook para a América Latina, que mora em São Paulo, foi detido na terça-feira por descumprir uma ordem judicial que cobrava a entrega de informações sobre usuários do aplicativo WhatsApp, que pertence ao Facebook. Ele foi solto na quarta-feira devido a um habeas corpus.
"Fui tratado com bastante respeito", disse Dzodan neste sábado em uma conferência com empresários latino-americanos organizada por estudantes do Massachusetts Institute of Technology.
Segundo ele, o Facebook não tem acesso aos dados que viajam por seu serviço de mensagens WhatsApp, o que torna impossível cumprir o que foi exigido pela Justiça brasileira.
A declaração foi feita durante sessão de perguntas e respostas após uma conversa sobre as inovações do Facebook. Ele também afirmou que sua detenção não vai afetar os planos da empresa do Vale do Silício para o mercado brasileiro.
"Estamos extremamente comprometidos com o Brasil. O Brasil é um mercado enorme que realmente gosta do Facebook", disse. "Estamos bastante focados no longo prazo".
Dzodan foi preso em decorrência de um mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Marcel Maia Montalvão, da vara criminal de Lagarto (SE).
O juiz deferiu pedido da Polícia Federal para quebra de sigilo de mensagens trocadas pelo aplicativo WhatsApp como parte da obtenção de provas em processo de tráfico de drogas interestadual que corre em segredo de Justiça.
O Facebook classificou a prisão de Dzodan como uma medida "extrema e desproporcional".
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