Interessados já podem se inscrever a partir da próxima segunda-feira (01)
Em valores monetários, dos R$ 200 milhões, já foram concedidos cerca de R$ 120 milhões em créditosA pandemia causada pelo novo coronavírus afetou bastante a economia, especialmente, o setor do turismo, o primeiro e mais fortemente atingido durante a crise em todo o mundo. Para ajudar os micro e pequenos empresários paraenses, bem como os trabalhadores informais e da economia criativa, o Governo do Pará criou o Fundo Esperança, que oferece linhas de crédito para auxiliar na recuperação econômica dos empreendimentos. Agora, dos R$ 200 milhões anunciados, o Estado garantiu os últimos R$ 80 milhões em recursos, e os interessados já podem se inscrever a partir da próxima segunda-feira (01).
Simone Pereira é uma destes muitos empreendedores que vão ser beneficiados pelo Fundo. Sócia proprietária do Hotel Marajó, fechado desde o dia 20 de março, ela diz que a ajuda do governo é muito bem-vinda. "O auxílio, além de ser uma verba para quem não está recebendo nada, é uma ajuda fundamental. Ele amenizou e vai dar para sanar algumas dívidas. Então, somos gratos pelo Fundo, até porque ficaram parcelas suaves e o juros também, e isso é fundamental. E para nós do turismo está sendo muito difícil conseguir linha de crédito, agora", conta Simone Pereira.
De acordo Simone, antes da pandemia, investimentos foram feitos e o dinheiro do auxílio vai ajudar a equilibrar as contas e a comprar equipamentos de proteção individual. Ela faz parte da primeira rodada de inscritos que foram notificados no dia 24 de maio. Agora, o governo define uma nova data para as inscrições.
Novos critérios - O processo sofreu uma mudança. Segundo a superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social do Banpará, Cindy Ornela, agora a inscrição vai ser feita direta para poder inserir a proposta. O empreendedor já vai cadastrar e saber se o contrato está ou não aprovado. Podem se inscrever novamente as pessoas que tiveram a proposta negada, que se inscreveram e não foram contactadas, que tiveram alguma informação dada como inválida ou aquelas que tiveram esgotadas as tentativas de contato.
"Essa é a principal iniciativa financeira do Governo do Estado. Ele (Fundo Esperança), pode até não resolver todos os problemas das nossas empresas, mas garante um fôlego que todo mundo precisa para poder passar por esse momento. Então, na nossa visão, é a maior prioridade do banco e a principal ferramenta de reversão das adversidades enfrentadas pela economia paraense", afirma Cindy Ornela.
Simone Pereira está otimista e o principal objetivo nesse momento é amenizar os danos causados pela pandemia. "Eu ainda sou muito esperançosa no turismo. A gente terminou uma obra grandiosa voltada para o turismo sustentável. Então, a gente tem que ter o plano para retomar, acreditar e vestir a camisa do turismo", disse a empresária.
O secretário de Estado de Turismo, André Dias, ressalta que mais de 90% das pessoas que trabalham no turismo se enquadram em algumas das categorias. "O Fundo Esperança é fundamental nesse momento no turismo, porque foi o setor da economia mais impactado pela crise econômica causada pela pandemia da Covid-19. Então, os empreendedores precisam desse apoio financeiro e esse recurso, vem exatamente atender aos principais empreendedores do turismo aqui do Pará", declara o Secretário.
Mais de 50 mil pessoas, entre físicas (informais e autônomos) e jurídicas (microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte), já foram atendidas. Em valores monetários, dos R$ 200 milhões, já foram concedidos cerca de R$ 120 milhões em créditos. A partir do dia 1° de junho, os empreendedores que ainda não tiveram acesso ao benefício, podem se inscrever no site oficial do projeto: www.fundoesperanca.pa.gov.br
(Texto produzido com colaboração de Aila Beatriz Inete).
Por Agência Pará
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