Muito rico e proveitoso o seminário "Desafios do Marajó", realizado no último final de semana (17 e 18/02), em Ponta de Pedras, promovido pelo Comitê Todos Juntos na Mesma Canoa. Com a participação de lideranças do movimento social e de autoridades municipais, estaduais e federais, além de pesquisadores de diversas instituições, o encontro apresentou propostas para o grave problema da violência no arquipélago, bem como sabatinou o representante da empresa LDC (Louis Dreyfus Company) que pretende construir um Terminal fluvial de Uso Privativo (TUP) na Enseada do Malato.
Para conter e prevenir a ação de piratas nos rios do Marajó os representantes das comunidades sugeriram a descentralização das unidades da Polícia Militar na região; a instalação de um posto avançado da Polícia Civil, articulado com a Polícia Federal, para o combate ao tráfico humano e exploração sexual, sobretudo no transporte de balsas que fazem a rota Belém-Manaus e Porto Trombetas-Vila do Conde.
Foi apontado também a necessidade de mais equipamentos para patrulhamento fluvial, tais como lanchas voadeiras, e um trabalho articulado com a Capitania dos Portos e Arcom, afim de fiscalizar e controlar o fluxo de pessoas e as condições das embarcações nos terminais de transporte de passageiro, tanto em Belém como nos 16 municípios do Marajó.
Eloísio Araújo, da LDC, explicou que a empresas não pretende plantar soja nem milho na região. Que seu interesse é apenas na comercialização e logística no escoamento de grãos dos campos do Mato Grosso para embarque em navios cargueiros no Marajó. A empresa já comprou uma área de terra mas os estudos de EIA/Rima ainda nem iniciaram. E que tudo será feito com a participação da comunidade e das lideranças da região.
O senador Paulo Rocha (PT/PA) defendeu a retomada do Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Arquipélago do Marajó, gerado no Governo Lula e cujo primeiro fruto foi a implantação do linhão de energia de Tucuruí, que está interligando toda a região, levando luz e fibra ótica. E que agora é chegada a hora de pensar num macro projeto de desenvolvimento capaz de aproveitar o grande potencial do pescado, do açaí, do leite de búfala e dos encantos naturais para o ecoturismo.
Ele conclamou as lideranças da área a ter como ponto de partida projetos de desenvolvimento local, aproveitando as vocações de cada microrregião, de tal forma a gerar emprego, renda e ocupação nos municípios. E que tudo isso tem que ser articulado com um centro de saber como a tão sonhada Universidade Federal do Marajó.
O seminário foi realizado no plenário da Câmara Municipal de Ponta de Pedras e contou com o apoio da Federação dos Municípios do Pará (Famep). Os próximos encontros estão marcados para os municípios de Cachoeira do Arari e Breves e devem ocorrer ainda este semestre.
Fotos e Texto: Facebook Defesa do Marajó
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