terça-feira, 19 de setembro de 2017

Educação técnica e profissional ainda gera dúvidas

Em fevereiro deste ano, foi sancionada a medida que institui o novo ensino médio. A professora Claudia Porto, que leciona língua portuguesa para o ensino fundamental e médio em uma escola particular de Brasília, disse que ainda tem muitas dúvidas a respeito do tema, assim como boa parte de seus alunos. Ainda assim, Claudia acredita que a mudança pode ser positiva.

“A reforma do ensino médio vem para fazer com que o aluno trabalhe, aprenda e entenda o que ele tem mais afinidade.”

A professora está certa. A partir de 2021, os estudantes do ensino médio terão língua portuguesa e inglesa, e matemática como disciplinas obrigatórias. As demais serão ofertadas como forma de aprofundar a área escolhida pelo aluno. Isso servirá tanto para o ensino regular como para o técnico e profissional. Aliás, de acordo com uma pesquisa do Senai de 2016, 30% dos alunos ainda não conseguem associar como o ensino técnico pode ajudar profissionalmente. Foram ouvidos dois mil estudantes entre 13 e 18 anos em todo o Brasil.

Ainda segundo a pesquisa, mais de 47% dos que optam pelo ensino técnico ou profissional fazem isso logo após terminar o ensino médio. Segundo a proposta da reforma, a ideia é que o aluno já saia do ensino médio com essa formação. Para o deputado baiano Cacá Leão (PP-BA), a ideia pode dar mais dinâmica ao mercado.

“A gente precisa, realmente, buscar uma profissionalização na nossa educação. A gente precisa ter a nossa juventude voltada já pensando inclusive no mercado de trabalho futuro.”

Entre 2008 e 2016, as matrículas na educação profissional cresceram mais de 100%. Em 2008, eram 927 mil matriculados. No ano passado, esse número passou para mais de 1,8 milhão.

Reportagem, Jalila Arabi. 

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