quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Pará tem mais de 8 milhões de habitantes em 2017, estima IBGE

O Pará atingiu a marca dos 8 milhões de habitantes em 2017. Mais precisamente 8.366.628 pessoas. O dado vem das estimativas populacionais divulgadas no último dia 30 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a data de referência usada é 1º de julho de 2017. O Estado segue como 9º mais populoso do Brasil e primeiro do norte.

O estudo apontou ainda uma tendência de aceleração de crescimento demográfico com percentual de 1,14% a mais de habitantes comparado a 2016. Segundo o IBGE, Belém é o município mais populoso do estado, com 1.452.275 habitantes. Na estimativa nacional, a capital aparece em 12° lugar entre as 17 com mais habitantes no país. Já a cidade com menor número de habitantes do estado é Bannach, na região sul do estado. São 4.612 pessoas, segundo a estimativa.

Dos 144 municípios do Pará, cerca de 126 apresentaram, em um ano, algum tipo de aumento populacional, com destaque para São Félix do Xingu (3,50%), Canaã dos Carajás (3,37%), Ulianópolis (3,20%), Anapu (3,14%) e Parauapebas (3,11%).

Na estimativa nacional foi registrada uma queda de população em 25% dos municípios brasileiros. No Pará, apenas 19 reduziram o número de habitantes. As cinco cidades que apresentaram a maior redução da população entre 2016 e 2017 foram Jacareacanga (-8,96%), Faro (-2,22%), Senador José Porfírio (-1,98%), Pau D'Arco (-1,75%) e Bannach (-1,02%).

O IBGE não chegou aos números divulgados ontem contando de casa em casa a população brasileira. Isso só deve ocorrer em 2020, quando é esperada a realização do Censo Demográfico. O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010).

Preocupação - “As estimativas do IBGE são sempre avaliadas com cuidado pelos municípios, porque nem sempre elas refletem a realidade. E elas são muito importantes para que a gestão consiga fazer o planejamento das ações mais próximo do que realmente é a necessidade do município”, explicou o presidente da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (FAMEP), Xarão Leão.

“É importante que os gestores que avaliarem que os dados estão longe da realidade local saibam que podem e devem contestar o IBGE, já que eles interferem em toda a lógica da gestão”, destacou o presidente. O prazo para contestação vai até o dia 18 de setembro e o pedido de reavaliação com comprovação dos registros populacionais deve ser encaminhado ao escritório estadual do IBGE.


Arrecadação - As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. No Pará, segundo um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Jacareacanga/PA é o município que provavelmente terá redução de coeficiente, saindo de 1.80 para 0.60.



Isso porque o município teve uma expressiva redução populacional em - 8,96%. A gestão municipal precisará se preparar para o próximo ano com o possível impacto que essa redução poderá ter na receita do município. Em contraste com Jacareacanga, seis outros municípios que tiveram aumento populacional também poderão sofrer alteração de coeficiente.



Porém, dessa vez, a probabilidade é que eles tenham um aumento de recurso por meio do FPM. São eles: Ipixuna do Pará, Medicilândia, Santo Antônio do Tauá, São João do Araguaia, Tailândia e Tomé-Açu.

Fonte: Imprensa Famep

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