quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Zika vírus é principal hipótese do aumento de casos de microcefalia, segundo ministério da Saúde

REPÓRTER: A epidemia de contaminação por Zika vírus, no primeiro semestre, é a principal
hipótese do ministério da Saúde para explicar o aumento nos casos de microcefalia.
A informação foi divulgada, em coletiva, nesta terça-feira. De acordo com o ministério,
essa hipótese foi considerada principal a partir da identificação do vírus no líquido
 amniótico de duas gestantes da Paraíba, que apresentaram sintomas da infecção na
 gravidez e os bebês estão com microcefalia. O diretor do Departamento de Vigilância
de Doenças Transmissíveis do ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, afirmou que há
grandes chances de o vírus Zika ser a causa do aumento no número de casos da microcefalia

 Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do
ministério da Saúde
 
“Isso fecha o diagnóstico da correlação entre infecção por vírus Zika e a microcefalia?
 O que a gente pode responder, neste momento, é quase. Porque não é esperado que exista
vírus Zika em nenhum tecido do corpo humano. Isso revela infecção aguda pelo vírus Zika,
e que o vírus, além de estar presente no organismo, ele passou para o feto, no líquido
amniótico. Então é altamente provável a correlação entre as duas coisas. Ou seja, que
não seja apenas uma coincidência de que o vírus zica está presente e uma microcefalia
também, mas que uma coisa é determinada pela outra.”
 
REPÓRTER: Na semana passada, foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância
Nacional para dar maior agilidade às investigações. De acordo com o boletim
epidemiológico, já foram registrados 399 casos, em 2015, em sete estados. 268
em Pernambuco, 44 em Sergipe, 39 no Rio Grande do Norte, 21 na Paraíba, nove no Ceará,
10 no Piauí e oito casos na Bahia. Por fim, o ministério da Saúde recomenda que as
gestantes continuem nas consultas de pré-natal, e realizem todos os exames recomendados
pelo médico. Não consumam bebidas alcoólicas, qualquer tipo de drogas, ou medicamentos
sem a orientação de um médico. É importante que a gestante adote medidas para reduzir a
presença de mosquitos transmissores de doença, manter portas e janelas fechadas e usa
 calça e camisa de manga comprida.
  
Reportagem, Sara Rodrigues  

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