quinta-feira, 1 de junho de 2017

Breves-Pa: A educação pede socorro

Em Breves, o maior município do Marajó, com 90 mil habitantes, as crianças e adolescentes não estão frequentando as escolas por falta de transporte escolar nas áreas ribeirinhas. Faltam combustível e pagamento aos pilotos das embarcações, além de livros didáticos. Na cidade, há 60 obras em escolas que não foram concluídas. Além dessas, financiadas pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE), cinco creches, dez quadras poliesportivas, dez unidades básicas de saúde e uma unidade de saúde flutuante foram contabilizadas como não executadas.

A execução de convênios e repasses do governo federal é problema recorrente nos municípios marajoaras, diz o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão do MPF, Felipe Moura Palha, que recebeu denúncias e já abriu investigação. Obras de um terminal hidroviário, o asfaltamento das ruas e a reforma do estádio municipal também estão no rol das inacabadas.

O prefeito Antonio Augusto Brasil da Silva recebeu duas recomendações do MPF, para regularizar alimentação e transporte escolar com urgência, e 18 pedidos de esclarecimentos sobre as reclamações feitas pela população.

O único hospital de média e alta complexidade de todo o arquipélago, o Hospital Regional de Breves, e o Hospital Municipal, que atua na atenção básica e na baixa complexidade, têm condições melhores do que os dos demais municípios. Mesmo assim, o hospital municipal precisa de reforma, a rede elétrica precária põe em risco os equipamentos e o fluxo de fornecimento de medicamentos e insumos não é suficiente para a demanda.

A itinerância fluvial cooperativa da Amazônia reúne a Justiça Federal, INSS, MPF, Defensoria Pública do Estado do Pará, MPE-PA, TJE-PA, TRT8 e a Marinha, todos reunidos no Navio Auxiliar Pará, um catamarã que está percorrendo os municípios do Marajó desde 22 de maio, oferecendo serviços jurídicos, previdenciários e atendimento médico e odontológico, até o dia 3 de junho.


Fonte: Blog da Franssinete Florenzano

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