FOTO: AFINÉIAS MARINHO |
PERGUNTA - Como o senhor está vendo a chegada do sistema elétrico nacional no Marajó?
RESPOSTA - Um sonho de décadas da nossa gente que está se tornando realidade. A energia por si só não irá resolver todos os nossos problemas, mas certamente atrairá investimentos na agroindústria, na criação de empregos, na melhoria da qualidade de vida das famílias, que poderão ter seu aparelho de tevê, geladeira, ventilador sem necessitar do grupo gerador oneroso, barulhento e poluente. E tenho certeza que em mais dois anos todos os municípios terão sido contemplados.
PERGUNTA - Como o senhor vê as Marchas dos Prefeitos de Brasília e do Pará. Elas surtem efeito?
RESPOSTA - Para os prefeitos que efetivamente participam dos debates, pressionam as autoridades, têm bons projetos, a Marcha é sim positiva. Tanto em Belém quanto na capital federal, Famep, Associações e consórcios de prefeitos apresentaram projetos viáveis, de interesse coletivo e com isso obtivemos a atenção das bancadas federal e estadual, do governador Simão Jatene, ministros e técnicos do Governo Federal.
E a reunião com a equipe de governo do estado mostra que esse é o caminho e, mesmo não tendo recursos para tudo, vamos eleger prioridades e tocar obras importantes. A Marcha de Brasília que completou 20 anos sob o comando da Confederação Nacional dos Municípios, é uma prova concreta desse sucesso na busca do desenvolvimento igualitário. E muitas de nossas demandas, estão contidas no projeto Pará 2030 e isso certamente vai nos beneficiar.
PERGUNTA - o TCM criou o Termo de Ajuste da Gestão. Como o senhor entende esse compromisso?
RESPOSTA - O TAG é uma ferramenta indispensável para os prefeitos e prefeitas que querem seguir o melhor caminho, com transparência, seriedade, e dentro da legislação da Lei Orgânica dos Municípios.
Não existe mais espaço para o gestor irresponsável, que vê o dinheiro público como seu, ou deixa na mão de seus secretários as decisões administrativas. O prefeito moderno acompanha seus convênios, cumpre prazos, fiscaliza e acelera obras. Acabou a figura retrógrada que tira cinco reais do bolso achando que está comprando o eleitor. Essa forma de gestão está fadada ao limbo.
PERGUNTA - Qual sua avaliação do Programa Justiça Itinerantes da Justiça Federal?
RESPOSTA - Uma iniciativa das mais louváveis e que esperamos, se repita anualmente com maior número de municípios atendidos.
Foram mais de duas mil pessoas beneficiadas pela Justiça Federal, mais de 3 mil pelo INSS que redundou em mais 1,5 milhão de reais injetados na economia do Marajó e cerca de 10 mil atendimentos médicos e odontológicos executados pela Marinha, à bordo do navio Pará. Sucesso absoluto com apoio irrestrito dos prefeitos e da AMAM. Quando se planeja uma ação dessa magnitude com responsabilidade e união de esforços, com compromisso com o que é público pensando em proporcionar o acesso aos diretos dos cidadãos e a inclusão social, terá sempre nosso apoio incondicional.
A história do Marajó passa a ter um capitulo escrito por profissionais comprometidos e determinados que tiveram respeito para com a população marajoara com olhar especial aos que mais necessitam.
PERGUNTA - E como o senhor avalia o Fórum Permanente de Segurança Aquaviária da Marinha?
RESPOSTA - Aplaudo o vice-almirante Alípio pela criação do Fórum a o convite a AMAM para fazer parte dos membros efetivos. A região do Marajó necessita muito desse Fórum e de suas decisões a fim de garantir a qualidade e segurança das embarcações, principalmente de passageiros, em que a sociedade também deve cumprir seu papel fiscalizador. Ficar de olho nos equipamentos de segurança, salva-vidas, superlotação, a situação dos tripulantes, enfim, Marinha e Prefeituras têm muito a fazer nesse setor. Vamos propor o engajamento das igrejas, associações, políticos, identificar gargalos e buscar soluções viáveis e seguras.
PERGUNTA - E QUANTO AO ENFRENTAMENTO AO NARCOTRÁFICO, EXPLORAÇÃO SEXUAL E DE TRABALHO INFANTIL ALÉM DA BANDIDAGEM?
RESPOSTA - A iniciativa tem que partir dos prefeitos e da sociedade e não só da responsabilidade do Estado, que definitivamente não tem alcance para sanar os males que as drogas e a violência trazem ao sio das famílias. Veja uma mocinha que engravida, o quanto ela vai mudar sua vida, de sua família, da assistência médica e social e pior, deixar de frequentar a escola. Então esse é um problema de todos e não só do Estado. Infelizmente as drogas, a violência e a exploração de menores acontecem em todos os lugares e no Marajó não é diferente. Mas juízes, ministério público, polícia, prefeitura, autoridades, todos têm de se unirem nessa luta.
PERGUNTA - como o senhor avalia seus quatro meses a frente da AMAM?
RESPOSTA - Estamos tentando dar uma nova roupagem entidade, atrair técnicos de diversas áreas, oferecer mais serviços e assessoria aos prefeitos e prefeitas, reformar nossa sede e adquirir um veículo para o deslocamento das equipes técnicas. Precisamos de telefones corporativos para estar sempre em contato com os prefeitos e secretários municipais para não perdermos prazos, enfim, temos um longo caminho pela frente. Mandei fazer uma auditoria interna para ver como anda nossas finanças, despesas, pessoal efetivo e contratado, e tenho carta branca dos colegas para fazer as mudanças que achamos as mais coerentes com a AMAM que sonhamos e queremos: dinâmica, técnica, prestadora de bons serviços, enxuta e gestão moderna.
Texto: Pedro Medina (SITE DA AMAM)
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