quinta-feira, 1 de junho de 2017

UMA NOVA GERAÇÃO DE REPRODUTORES NO MARAJÓ

PESQUISADORES ESTÃO SELECIONANDO BÚFALOS DO MARAJÓ PARA UM PROJETO OUSADO: PROPORCIONAR O NASCIMENTO DE CENTENAS DE BEZERROS COM AVANÇOS GENÉTICOS E QUE IRÃO MELHORAR A QUALIDADE DO LEITE PRODUZIDO NA REGIÃO.

A meta é audaciosa: proporcionar o nascimento de centenas de bezerros com genética superior, para incrementar a pecuária bubalina leiteira na ilha do Marajó. O projeto Promebull Marajó, liderado pela Embrapa Amazônia Oriental, selecionou dezenas de propriedades em 3 municípios do arquipélago e por meio da técnica de Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF), espera iniciar uma nova geração de búfalos leiteiros na região.

O trabalho começou no início deste ano, com a seleção das fazendas e sítios. E agora em junho, os técnicos vão a campo preparar os animais para a inseminação. A expectativa é que os primeiros bezerros nasçam em abril de 2018, passados os dez meses de gestação, conforme explicou o pesquisador da Embrapa e líder do projeto, Ribamar Marques. “Esperamos gerar, em média, 400 bezerros nesta etapa e possibilitar ao Marajó um salto na qualidade genética em parte do rebanho leiteiro”, explicou o pesquisador. O projeto é executado em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a Associação Paraense dos Criadores de Búlafos (APCB) e a Central de Biotecnologia Reprodução Animal (Cebran), da Universidade Federal do Pará (UFPA).

De acordo com Ribamar Marques, é a primeira vez que a região recebe uma ação massiva de inseminação em um número tão grande de animais, em um mesmo período. Ele enfatiza que a meta do Promebull é alavancar a pecuária leiteira bubalina no Marajó e, com isso, aumentar a geração de emprego e renda por meio do fortalecimento da produção familiar e consequente qualificação na produção do queijo na Ilha do Marajó.

Exames

Serão selecionados cerca de 500 animais em 37 propriedades dos municípios de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari, os mais representativos em produção de leite do arquipélago. O médico veterinário Tomaz Maia, responsável pelas inseminações, explica que após a seleção, os animais passarão por exames para a garantia de sanidade, e se estão livres de doenças, como brucelose e tuberculose, e também quando à capcidade de fertilidade. O segundo passo será a administração de medicamentos para indução do cio e, só então, será feita a inseminação artificial com a utilização de sêmem de animais selecionados, fornecidos pela Embrapa e UFPA.

Para garantir os 400 bezerros previstos, o projeto vai monitorar a prenhez das vacas e repetir o protocolo de inseminação, caso necessário. O veterinário explica que, entre as diversas vantagens da IATF ou Inseminação Artificial por Tempo Fixo, está o conhecimento da qualidade do reprodutor, gerando descendentes de genética superior, além do controle sobre o período de parição, o que facilita o manejo das crias e consequente redução de custos aos produtores.3

PARÁ A15

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