REPÓRTER: A quebra de sigilos bancário e fiscal do
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha do PMDB do Rio de Janeiro, da
esposa dele, Cláudia Cruz, da filha, Danielle, e de empresas ligadas à família,
foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki. A
decisão atende a um pedido feito pela Procuradoria Geral da República, a PGR,
em outubro do ano passado. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo
jornal Folha de S.Paulo.
Eduardo cunha é
suspeito de receber propina para viabilizar negócios da Petrobras e pelos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A quebra de sigilo fiscal e
bancário dele e da família engloba o período de 2005 a 2014. A quebra dos
sigilos tem o objetivo de mapear as movimentações financeiras de Cunha e
eventuais ações irregulares de suas empresas.
De acordo com
a"Folha", entre as empresas de Eduardo Cunha que são alvo da quebra
de sigilo estão a Jesus.com e C3 Produções e Rádio. Segundo o jornal, os
investigadores suspeitam que contas na Suíça controladas pelo parlamentar,
repassaram dinheiro para essas companhias.
Em nota
divulgada pela assessoria de imprensa da Câmara, Eduardo Cunha disse que
lamenta o que ele chama de vazamento seletivo de dados protegidos por sigilos
legal e fiscal que deveriam estar sob guarda de órgão do governo. Ainda na
nota, o peemedebista disse que, ao contrario do que foi divulgada, a variação
de seu patrimônio entre os anos de 2011 e 2014, foi registrada nas declarações
de imposto de renda, e apresenta uma perda 185 mil Reais.
Reportagem,
João Paulo Machado
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