Crianças de zero a três anos de idade
diagnosticadas com microcefalia vão receber um novo tipo de atendimento nos
hospitais públicos de todo o País. É que agora os médicos, enfermeiros,
fonoaudiólogos e outros profissionais de saúde, vão ter acesso a um documento
que reúne todas as diretrizes de estimulação precoce de crianças com
atraso no desenvolvimento. Os profissionais e gestores da saúde já podem
ter acesso às diretrizes desde a última quarta-feira. Segundo o secretário de
Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, as diretrizes vão
unir o conhecimento de atenção às crianças com microcefalia e promover a
estimulação no menor tempo possível. As orientações vão ser direcionadas aos
profissionais da Atenção Básica e da Atenção Especializada.
O país vive o
surgimento da microcefalia em bebês por conta do vírus Zika que é transmitido
também pelo mosquito Aedes aegypiti e por isso, o documento foi desenvolvido.
As Diretrizes buscam aspectos relacionados ao desenvolvimento neuropsicomotor
da criança.
Como a avaliação
do desenvolvimento auditivo, visual, motor, cognitivo e da linguagem, a
estimulação precoce, o uso tecnológico de bengalas e cadeiras de rodas, além de
outros aspectos, como a importância do brincar e a participação da família.
Ainda de acordo com o ministério, o material vai auxiliar o profissional de
saúde na elaboração de um programa de estimulação precoce que possibilite um
melhor desenvolvimento da criança com a doença, em especial até os três anos,
onde o período é de maior resposta aos estímulos.
O Ministério da
Saúde informou ainda que prepara o lançamento de um curso à distância para
capacitar profissionais de saúde que vão atuar na estimulação precoce. O curso
vai ser direcionado a fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais,
psicólogos, médicos, entre outros profissionais que trabalham com estimulação
precoce e que é realizada em diversos serviços da Rede SUS . A meta
do governo é de que 7.525 profissionais, pelo menos, participem desta
capacitação. O curso vai ser desenvolvido em parceria com a Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Segundo o ministério, as matrículas devem
começar em março.
Reportagem, Vânia Almeida
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